MANIFESTO ANTI-MANIFESTOS COM RIMA (COMO É PRÓPRIO DA POESIA)
Em que é que este verso não é um manifesto?
E por que havia de ser uma manifesto?
A poesia não se manifesta.
A poesia é.
E que não haja Marinettis
Almadas nem confettis
(Merda, que rima terrível
Vamos recomeçar.)
O Dantas é o maior
E se escreve mal, o que tem?
Não gasta o seu suor
A dizer mal de ninguém.
E tu Almada
Que não vales nada
Pára de dizer que não és assim,
Somos todos assim.
Todos somos ciganos
E tu não és excepção
És feio como os anos
E cheiras mal... ou não?
E o Álvaro, coitadinho
De quem ninguém tem pena
Maldito protestozinho
Ultimatum de alma pequena.
Não é preciso ir para o Rossio
Para se ser pantomineiro.
Basta ser-se pantomineiro
E escrever manifestos.
Ou ser como o Almada
Mas isso não tem piada.
E pronto.
E ponto.
António Seabra
Marcos Sousa Guedes
Joana Maria
Filipe Gomes
Sem comentários:
Enviar um comentário