04/07/11

Poema MANIFesto 1

MANIFESTO ANTI-MANIFESTOS COM RIMA (COMO É PRÓPRIO DA POESIA)

Em que é que este verso não é um manifesto?
E por que havia de ser uma manifesto?
A poesia não se manifesta.
A poesia é.

E que não haja Marinettis
Almadas nem confettis
(Merda, que rima terrível
Vamos recomeçar.)

O Dantas é o maior
E se escreve mal, o que tem?
Não gasta o seu suor
A dizer mal de ninguém.

E tu Almada
Que não vales nada
Pára de dizer que não és assim,
Somos todos assim.

Todos somos ciganos
E tu não és excepção
És feio como os anos
E cheiras mal... ou não?

E o Álvaro, coitadinho
De quem ninguém tem pena
Maldito protestozinho
Ultimatum de alma pequena.

Não é preciso ir para o Rossio
Para se ser pantomineiro.
Basta ser-se pantomineiro
E escrever manifestos.

Ou ser como o Almada
Mas isso não tem piada.

E pronto.
E ponto.


António Seabra
Marcos Sousa Guedes
Joana Maria
Filipe Gomes

Sem comentários:

Enviar um comentário